segunda-feira, 11 de junho de 2007

Passaporte

Não sei quando vou passar dessa pra melhor. Só quero passar melhor.

Na alfândega divina, de nada vai me valer um passaporte carimbado pela disciplina com a conta bancária, com as horas empenhadas no trabalho, com a energia gasta para tirar pó das coisas que não uso. Credo (!).

Não quero me perceber com uma flanela na mão tirando o pó dos dias que não usei.

Quero meu passaporte repleto de momentos que carimbem a minha alma. O olhar que fulmina, o beijo que eterniza, a viagem que liberta. O momento de amor, a botecada com os amigos, banhos de mar, sol quente na pele, vento no rosto, pé descalço, música que acolhe, surpresas apaixonadas. Quero bater muito papo. Trocar idéias e ideais.

Quero ter uma disciplina militar para me sentir viva e colocar limites expressos para reduzir a perda de tempo com a burocracia da existência. É com este relatório que quero prestar contas na alfândega divina.

Enquanto estou aqui, quero emplacar um sorriso largo no meu rosto pela sensação de aproveitar os minutos, as horas, os dias de sol, chuva, as noites enluaradas ou geladas de inverno. Viver intensamente os momentos é o melhor cosmético disponível no mercado. É a maquiagem que faz milagres. Elimina as rugas, dá brilho ao olhar, cores intensas para a pele e sabor pros lábios.


Não tenho tempo a perder. Tenho tempo a usar.

2 comentários:

Unknown disse...

Mê, mas vc sabe usar como ninguém seu tempo!! Rs..mesmo que seja uma partezinha dele... um maravilhoso uso,por exemplo, foi o tempo que passou no computador para escrever esta preciosidade..rs...
Beijão

Flaviane

Unknown disse...

Então, depois desse texto só tenho uma pergunta a fazer...
- Vamos?